Há 16 anos, resolvi atender um pedido insistente dos 3 filhos: arrumar uma cachorra; reinava uma grande euforia entre os irmãos, e durante o percurso para buscá-la, houve uma "conversa séria", sobre quem faria isso e aquilo, sobre banho, saídas, ração... Logicamente todos concordaram com suas tarefas e fomos a um canil indicado por amigos.
Chegando lá, vimos uma cachorrinha bonitinha, pretinha, e ficamos pensando que seria ela a escolhida, mas nisso apareceu a marronzinha que veio correndo até nós, e o dono do canil, com voz anasalada sentenciou: "essa é mais fortinha, e também é a mais dócil da ninhada."
Chegando lá, vimos uma cachorrinha bonitinha, pretinha, e ficamos pensando que seria ela a escolhida, mas nisso apareceu a marronzinha que veio correndo até nós, e o dono do canil, com voz anasalada sentenciou: "essa é mais fortinha, e também é a mais dócil da ninhada."
Lembro-me como se fosse hoje, nos entreolhamos e nem foi preciso uma palavra: ela veio toda faceira, pois já tinha nos escolhido.
Os primeiros dias foram difíceis, pois ela chorava a noite, e não queria ficar no local estipulado por mim; Patrícia a buscava, colocava-a em sua cama nos primeiros dias (eu fingia que não via), depois na caminha própria mas continuava no quarto dela, e quando passou uns 8 ou 10 dias, Tina aprendeu a dormir na área de serviço numa boa (com um relógio-despertador 'grudado' nela, o barulhinho do tic-tac a aconchegava!).
Durante o dia, ela ficava solta pela casa, e a noite eu a prendia. Renato e Eduardo brincavam e a instigavam o dia todo, não queriam um cachorra "mole e sem graça". Aprendeu rapidamente a fazer suas necessidades no jornal, e assim a cachorrinha fortinha e não muito dócil conquistou a todos. Era a alegria da casa, com seu rosnar de "cachorra grande", e toda sua graça de duschen hound, a "salsicha" mais "musculosinha" que conheci!
Viajou algumas vezes com nossa família, aprontou muitas peraltices, comeu um bolo inteiro numa certa tarde em que deixei o bolo na mesa para esfriar, enfrentou e matou morcego, fingiu de morta uma vez que uma Mastin, uma big cachorrona veio prá cima de nós duas, ela simplesmente se estatalou na rua, e sobraram os meus gritos ensurdecedores para afastar aquela ameaça de mordidas mortais!, e quando o perigo se afastou, olhou nos meus olhos, lambeu meu pé com satisfação e agradecimento, e me pareceu que até sorriu...Sempre serelepe, não ficava parada, as voltinhas diárias sobravam TODAS para a mamma aqui, e o isso e o aquilo também, mas confesso que apreciava.
Tinha preferência por alguns amigos, e naõ gostava de outros. Se eu ficava brava com ela, o olhar de ternura me desmanchava. Os filhos saíram de casa, foram estudar fora, e ela sempre do meu lado, me consolando e me ajudando a enfrentar a falta deles; às vezes confesso que eu me enchia dela, mas logo passava; sempre teve uma saúde de ferro, só visitou a veterinária anualmente, para tomar vacinas. Assim se passaram os 16 anos e alguns meses. Hoje ela deixou nossa casa e as lágrimas não param de rolar. Ela não morreu, mas não tem mais condições de viver aqui no apartamento. Foi uma decisão difícil e penosa, mas vai continuar seus dias em um lugar aprazível; paro por aqui, para dar passagem a muitas outras lágrimas que teimam em rolar...
Durante o dia, ela ficava solta pela casa, e a noite eu a prendia. Renato e Eduardo brincavam e a instigavam o dia todo, não queriam um cachorra "mole e sem graça". Aprendeu rapidamente a fazer suas necessidades no jornal, e assim a cachorrinha fortinha e não muito dócil conquistou a todos. Era a alegria da casa, com seu rosnar de "cachorra grande", e toda sua graça de duschen hound, a "salsicha" mais "musculosinha" que conheci!
Viajou algumas vezes com nossa família, aprontou muitas peraltices, comeu um bolo inteiro numa certa tarde em que deixei o bolo na mesa para esfriar, enfrentou e matou morcego, fingiu de morta uma vez que uma Mastin, uma big cachorrona veio prá cima de nós duas, ela simplesmente se estatalou na rua, e sobraram os meus gritos ensurdecedores para afastar aquela ameaça de mordidas mortais!, e quando o perigo se afastou, olhou nos meus olhos, lambeu meu pé com satisfação e agradecimento, e me pareceu que até sorriu...Sempre serelepe, não ficava parada, as voltinhas diárias sobravam TODAS para a mamma aqui, e o isso e o aquilo também, mas confesso que apreciava.
Tinha preferência por alguns amigos, e naõ gostava de outros. Se eu ficava brava com ela, o olhar de ternura me desmanchava. Os filhos saíram de casa, foram estudar fora, e ela sempre do meu lado, me consolando e me ajudando a enfrentar a falta deles; às vezes confesso que eu me enchia dela, mas logo passava; sempre teve uma saúde de ferro, só visitou a veterinária anualmente, para tomar vacinas. Assim se passaram os 16 anos e alguns meses. Hoje ela deixou nossa casa e as lágrimas não param de rolar. Ela não morreu, mas não tem mais condições de viver aqui no apartamento. Foi uma decisão difícil e penosa, mas vai continuar seus dias em um lugar aprazível; paro por aqui, para dar passagem a muitas outras lágrimas que teimam em rolar...
Triste isso...Me emocionei e hoje é o dia dos animais! Pena que tenha que ser assim, mas será melhor pra ela,não?
ResponderExcluirbeijos,chica
Uma amiga me disse que não consegue abrir meu blog, por favor, se alguém chegou até aqui, deixe um comentário. Muito obrigada!
ResponderExcluirUma história linda, cheia de meiguice e lágrimas! sei o que é perder um amigo de quatro patas que viveu connosco 17 anos... o coração o traiu! Passaram dois anos e a sua memória perdura na sua casota vazia e no nosso coração cheio de boas recordaçãoes do nosso Rocky.
ResponderExcluirBjs
Graça
Puxa vida... mas porque teve que se desfazer dela, logo agora, tão velhinha quando mais precisa dos donos???????
ResponderExcluirPutz... triste. Eu já deixei de me mudar e de fazer diversas coisas por causa da minha cachorra, porque quando a gente pega um animalzinho de estimação, é como se fosse um filho, se leva pra qualquer lugar, independente de tudo.
Pois é amiga, a história é triste mesmo! Moro em apto, e sempre desci com ela 2 vezes ao dia, onde ela fazia suas necessidades; agora ele anda com dificuldades, não quer quase descer, e não segura mais cocô nen xixi, e assim q faz, senta em cima e se esfrega toda; o excesso de banho estava deixando a pele já tão envelhecida e sem pelos, ferida, de tanto banhos necessários várias vezes ao dia...ela está na firma do meu marido, onde o casal de caseiros sempre ficou com ela qdo viajávamos, cuidam dela com carinho. Meu marido e filho a veem todos os dias, e ela está bem, não nos conhece mais, e faz xixi e cocô na grama e na terra...Ai que bom q consegui escrever isso...ainda estou tão engasgada...
ResponderExcluirSonica,
ResponderExcluirImagino que tenha sido uma decisão bem difícil.
Mas, pelo visto, ela ficou muito bem.
Beijo.
Oi Sonia, que triste....vou sentir muita falta da Tina, ela implicava um pouco comigo, mas eu adorava o barulho que ela fazia.Eu sei que como vc deve estar sofrendo, mas pensa que é para o bem dela, ela já cumpriu a jornada dela com vcs. Fica com o meu abraço de conforto.Beijos.Carmen Silvia.
ResponderExcluirestranho ela não os conhecer mais...
ResponderExcluirtive uma cadelinha que veio pra minha casa com 1 mes e nunca esqueceu deles...
tenho um salsichinha tambem que veio morar com minha mãe, e todas as vezes que voltamos aqui ele morre de alegria em no ver!
esses bichinhos enchem nossos corações!
Que triste amiga...
ResponderExcluirImaginei ela sabia? Toda faceira, rabinho abanando...
É uma história ou é verídico?
Se for verídico , o legalé que vcs podem ir visita-la as vezes.
beijinhos
adorei seu blog, estou seguindo tb...
Oi querida amiga, imagino quanto vc sofreu, esses bichinhos nos ama e nóa 0 amamo tambem, quando se vai, nós juramos nunca mais crialos, aconteceu conosco com um cachorrinho tambem marrom da mesma raça. quando ele morrue eu e minha filha choramos muito, hoje moramos em apartamento,aí para o bem deles desistimos de crialos. Nada de sentimento de culpa vc fez o que devia fazer para o bem dele. Um abraço caarinhoso Celina
ResponderExcluirSô, você sempre nos emocionando, de um jeito ou de outro. Esses bichinhos marcam a nossa vida mesmo. Não tem jeito. Nos dão um baita trabalhão, mas nos fazem sorrir de montão e nos mostram o que é ser amigo de verdade. O Barney, meu cachorro que adotou minha mãe como dona, é um danadinho. Travesso, temperamental e só falta falar quando quer alguma coisa. Desde pequeno, sempre aprontou. Eu casei, meu irmão casou e ele ficou com meus pais e faz companhia pra eles até hoje. Fico pensando que o dia que ele se for, muitas lágrimas hão de rolar. Um imenso vazio vai ficar. É um amor difícil de entender como surgiu... mas que será inesquecível quando ele partir... Grande beijo da Fabi.
ResponderExcluirPS. O comentário foi postado dessa forma porque não estava conseguindo ter acesso aqui pela minha conta do google, ok. Bjs
Poxa, a gente se apega tanto aos bichinhos né, e chega uma hora que eles tem que ir...mas vcs vão superar...
ResponderExcluirbeijos
Oi,Sonica!Pois é animais de estimação, são um caso a parte na mniha vida, meu pai nunca deixou eu ter,dai um belo dia minha mãe ganhou um de presente e ele tá aqui até hoje eu nao morro de amores por ele,mas sei que qdo ele partir sentirei falta dele.
ResponderExcluirBeijossss
Sonica, eu li e chorei, chorei...Não tive (ainda) coragem de ler em voz alta para o Renato, como sempre faço. Mas Tina é 'alguém' da familia...Que conheci assim "instigada pelos meninos da casa", sentada no meu pé e vigiando nosso namoro adolescente. Fiquei muito emocionada. Mas mais emocionada ainda com o carinho que a sua 'dona' dedicou até a dolorida decisão. um beijo
ResponderExcluirQueridas,
ResponderExcluirMuito obrigada pelos comentários carinhosos,
Beijinhos,,
Boa noite, querida amiga Sonica.
ResponderExcluirNossa... Que emocionante!!
Aqui temos 5 gatinhos e nem consigo imaginar a ausência de algum.
Que Deus lhe conforte o coração.
Beijos.
Sonica querida, sou solidária com teu sofrimento, acabei de perder a minha gatinha querida, que desapareceu, é muito triste, eles são a nossa fonte de amor incondicional, fique com Deus, amiga, beijos.
ResponderExcluirSonica,
ResponderExcluirDescobri seu Blog através do Blog da Amapola.
Os meus filhotes me pedem sempre um cachorro, mas em apartamento..é difícil. A gente se apega muito a esses bichinho...
Um forte abraço!
Débora
Amada, obrigada pela visita. Sou mãe de três dogs e o Tobias tá com 15 anos.. sou louca por eles. Amo cachorros. Me dói só de pensar, ficar sem eles ou que sofram. Te seguindo..
ResponderExcluirBju no coração.
Não sei pq, mas amei o nome dela :)
ResponderExcluirÉ triste, mas é da vida, estamos aqui de passagem, vale o que já foi e o que sempre será: o amor.
Encantadora sua chegada lá no blog, adoro a palavra "adorável" pois meu filho de 11 anos sempre usa quando acha algo bom, palavrinha doce na boca de uma criança né?!!!
Pois bem, esteja sempre por lá, estarei sempre por aqui.
Segue um texto para fortificar vcs com relação a Tina
"Todas as vezes que nos deparamos com problemas em nossa vida, observamos o quanto somos frágeis.
As alegrias se vão e só fica a verdade de que somos impotentes para lidar com adversidades que surgem no decorrer de nossa existência.
Deus nos deixa lições interessantes em sua criação para nos mostrar o contrário, que o homem foi criado forte e que essa força é sempre adquirida e absorvida dessas situações adversas.
Você conhece uma árvore chamada carvalho?
Pois é, essa árvore é usada pelos botânicos e geólogos como um medidor de catástrofes naturais do ambiente.
Quando querem saber o índice de temporais e tempestades ocorridas numa determinada floresta, eles observam logo o carvalho (existindo no local, é claro), que naturalmente é a árvore que mais absorve as conseqüências de temporais.
Quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, mais forte ele fica!
Suas raízes naturalmente se aprofundam mais na terra e seu caule se torna mais robusto, sendo impossível uma tempestade arrancá-lo do solo ou derrubá-lo!
Mas não pense que os cientistas precisam fazer essas análises todas para saber isso! Basta apenas eles olharem para o carvalho.
Por absorver as conseqüências das tempestades, a robusta árvore assume uma aparência disforme, como se realmente tivesse feito muita força.
Muitas vezes uma aparência triste!
Cada tempestade para um carvalho é mais um desafio a ser vencido e não uma ameaça!
Numa grande tempestade, muitas árvores são arrancadas, mas o carvalho permanece firme!
Assim somos nós.
Devemos tirar proveito das situações contrárias à nossa vida e ficar mais fortes!
Um pouco marcados. Muitas vezes com aparência abatida, mas fortes!!!
Com raízes bem firmes e profundas na terra!
Podemos, com isso, compreender o que o nosso pai maravilhoso quis nos ensinar, quando disse que podemos todas as coisas naquele que nos fortalece.
E também a confiança do rei Davi quando cantou:
-”Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte eu não temerei mal algum, porque tú estás comigo.”
Por isso quando olhar pela janela o lindo alvorecer, lembre-se de que não há temor com os infortúnios do dia, porque Deus está contigo! Ele o protegerá!
Se você está passando por lutas muito grandes por estes dias, pense que (como o carvalho), é só mais uma tempestade que o tornará mais forte."
http://blogdtina.blogspot.com/